Thursday, May 20, 2010

Sem querer te incomodar

Eis que chego e me aconchego.
Se é um sonho, não há o tempo
Portanto não estou atrasado
Para dizer que me deito ao teu lado
E que hoje sou o teu brinquedo.

Eu te toco suavemente
Com as pontas dos meus dedos.
Depois de ver teu arrepio
Suspiro no ouvido o que vim fazer.

Hoje não faço amor contigo
Para não agitar esse teu sono
Devagar passeio em teu sonho
Te beijo, te abraço
E saio de mansinho

Enquanto repousas em teu leito,
Pelo castelo passeio sozinho
Bebo na taça o resto do vinho
Que bebeste enquanto me esperavas.

Saio em silencio, sem fazer alarde
E para registrar minha presença
Em teu castelo de sonho e desejo
Te dou no rosto um suave beijo
E ao sair deixo a luz acesa
E uma rosa em cima da mesa.

O Vampiro

2 comments:

Whispers said...

Querido Vampiro,

Um pouco mais e não seria sonho
Quando teus dedos me tocou
Em plenitude pulsante
Na leveza de um momento
Meu corpo te desejou
Correntes em mim passou
Como se fosse maré enchente
De olhos fechados fiquei
Na minha face, ficou um toque aveludado
Quando teus lábios me beijou
Agora que estou acordada e sozinha
Como a beleza inabalável da rosa
Com cuidado a seguro na minha mão
Beijo suas pétalas com a consistências silenciosa
Assopro ao vento uma canção
Pra que voltes em noite de lua cheia
Para aqueceres meu coração
Mil beijos
Wicca

Pensador said...

Que palavras quentes, no poema e no comentário!
Como é gostos de ler este cantinho do Vampiro e da Wicca, ler a paixão e a sensualidade que transparecem nestas palavras...
O detalhe da rosa vermelha me lembra de outros personagens igualmente apaixonados, que tão maravilhosamente povoam a literatura, embora nem sempre com a mesma intensidade e paixão de vocês.
Vampiro, eu se fosse você teria sido um pouco mais ousado, ou menos delicado, nas suas carícias. Pela resposta da Wicca, você iria gostar da recompensa...
Wicca, em seu desejo pela volta do Vampiro na noite de lua cheia, lembro-a de que estas noites são as noites dos lobisomens, também. E, ao contrário de outros lobisomens, a minha Loba e eu não temos nada contra Vampiros. Assim, quando ele a encontrar, caso queiram, sintam-se à vontade para visitarem nossa toca. Lhes faremos um belo jantar. Apenas não teremos os nojentos talheres de prata que vocês tanto gostam, e nem alho no tempero da comida, por razões óbvias.
Beijos e uivos aos enamorados!